18 de fevereiro de 2011

a palavra dos outros

geração 60Odete Ferreira (Amirgã) leu este meu artigo e acrescentou-lhe a sábia e deliciosa sobremesa que ora vos sirvo:

“À minha geração doía o camuflado das fardas, na despedida. À minha geração quase morreram os olhos com as letras miúdas dos aerogramas. Na minha geração, mães, irmãs, mulheres, souberam de cor a África estropiada, moribunda. Na minha geração, muitas mulheres amadrinharam afilhados que explodiram na picada. Na minha geração, muitas mulheres foram o barco em que os seus homens regressaram.” (Amirgã, na caixa de comentários do post)

Post 703        (Imagem daqui)

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