28 de agosto de 2009

três

tres dedos Quando entrar o mês de Setembro, o Tralapraki fará três anos de idade. Mais trinta e três posts e perfará os 500. Para uma produção individual não está mal. Quanto à qualidade, as opiniões dividem-se: eu acho-o formidável; todos os outros o acham abominável. Ficam aqui as três velas. Tímidas. Titubeantes. Tortuosas.

 

(Imagem daqui)

18 de agosto de 2009

Um caso quase verídico

Heaven Depois dos sessenta anos, o Sr. Ricardo Santiago, razoavelmente rico e sempiterno solteirão, começou a construir a ideia de que valeria mais investir no céu do que na terra, na alma do que no corpo. O corpo pendia-lhe para o sono e a terra estava ultimamente a presenteá-lo com mais desencantos e arrelias do que júbilos. Foi por isso que, no passado mês de Julho, resolveu deixar toda a sua fortuna a um desconhecido que lhe entrou pela casa dentro e lhe prometeu um lugar cativo no Paraíso, para toda a eternidade. Fez-se a prova do pleno uso das suas faculdades mentais e a escritura de doação, baseada no facto de não haver herdeiros directos e de que o desconhecido lhe salvara a vida. Foi esse profundo sentimento de gratidão que permitira a transferência para a conta do desconhecido de mais de duzentos e cinquenta mil euros.

Por alguma razão, porém, a Polícia veio a saber deste acto cartorial e, desconfiada, investigou e acabou por trancafiar a alma caridosa do burlão (a alma e o corpo ainda jovem) atrás das grades, devolvendo, na íntegra, a fortuna do Sr. Ricardo ao seu legítimo proprietário e aconselhando este a fazer, de preferência, uma transferência para o Estado, facto que certamente lhe daria sentido à vida e lhe devolveria a felicidade perdida, ainda cá neste mundo.

Seja porque não sabia quem era esse tal Estado, seja porque, sabendo-o, este beneficiário não lhe granjeou confiança, o Sr. Ricardo Santiago nada mais fez quanto à sua fortuna, continuando, assim, condenado à riqueza terrena e sem esperança numa cadeira ao lado de São Pedro…

(Imagem daqui)

10 de agosto de 2009

Intimista

Onde estava eu enquanto estes dois emanavam torrentes de sensibilidade, inteligência e talento? Que vida imprestável estaria eu vivendo? Quereria ficar colado a esses dois aí, feito tatuagem. Enfim, eles estão aí, vivos, e eu também. Por isso, não trocaria o meu tempo por nenhum outro…

5 de agosto de 2009

Mais silly season

No Verão, na televisão, aparecem muitas pessoas que dizem “derivado a”. A silly season é a estação dos “derivado a”.

… a morte e a morte… (2)

morrer Morrer não é passar-se (para os crentes), finar-se (para os cépticos), mudar de endereço (para os utópicos). Também não é estar morto. Morrer é ter consciência da morte e vivê-la, pleno dessa consciência.

Para se ser eterno, é preciso ser louco e perder a consciência de si e dos seus bens, alguns minutos antes que a carapaça resolva deixar de viver.

Todos os homens tentam, ao longo da vida, aprender a morrer. Dir-se-ia que a vida inteira é devotada a essa aprendizagem. Mas isso é treta, meus amigos. Tudo o que os homens devem saber sobre a morte é que é uma espécie de nascimento ao contrário. Todos já passámos por essa prova ultimate – o nascimento, essa coisa absurdamente radical. E sofremos por isso? Sentimos isso? Preocupámo-nos com isso? Claro que não. Para todos nós, o acto radical de nascer foi fácil e inconsequente. Porquê? Por que não nos custou nada o acto violento de nascer? Simplesmente porque foi um acto inconsciente.

A Morte, para ser porreiraça como foi o Nascimento, só pode ocorrer num momento de alienação total. Para que não doa, não se sinta, não exista…

Que a minha seja assim…

(Imagem daqui)

1 de agosto de 2009

Olá, Ti’ Asdrúbal…

velho Se está farto da música do Trala, desligue o rádio, ora, mas, por favor, volte e continue a ler o Trala. O rádio está na barra lateral, logo a seguir ao arquivo do site. Se preferir outra música, escolha um dos outros dois rádios que apresento lá ao fundo da barra lateral. É só clicar em ver rádios. Um deles tem uma selecção de música portuguesa, especialmente dedicada ao senhor. Chama-se Lusa Light. É só clicar, et voilà. Ah, parece que agora tem que instalar não sei o quê. Mas lá diz o que é. É só clicar e instala tudo a que o senhor tem direito.

(Se abandonar o meu blogue, nunca mais abro o seu, palavra de blogger!…  :)  )

(Imagem daqui)