Nenhum outro documento escrito sabe estabelecer tão bem uma perfeita diacronia individual ou social.
O blog, como um diário público e participado, em permanente edição, e escrito sempre “on the edge of the moment”, vai registando todos os matizes por que passa o seu autor e, se este não for totalmente autista em relação à coisa social, será certamente um repositório muito vivo das vibrações de uma sociedade ou de uma determinada ordem política.
É isto que se sente quando, nos blogs mais antigos, se recua no tempo (coisa que num blog é tarefa simples e intuitiva) e se lê o pulsar de um autor quando interveio sobre um determinado momento. Está ali uma cápsula de História, uma garrafa cheia do ar do tempo que se pode respirar de novo se nos der prazer ou, enfim, rolhar definitivamente, se nos for penoso respirá-lo…
(Reparei agora que não disse nada de novo desta vez. Mas sinto que há muita gente que não sabia...)
(Imagem tirada daqui)
1 comentário:
Não trouxeste nada de novo, mas bastou tirar a rolha à tua garrafa, para nos fazeres lembrar que, de facto, isso que escreves é um blog!
Gostei muito!
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