…são, na verdade, quadras soltas.
1. Valter Lemos contrapôs nove acórdãos favoráveis à tutela, contra os seis que Mário Nogueira tinha referido anteriormente. Bom, a ser verdade este caso, verifica-se uma vantagem de três pontos a favor do Ministério. Proponho que se esclareça a verdade total, doa a quem doer.
2. Segundo a Fenprof, os tribunais mandaram suspender todo o processo de avaliação da classe docente. Quanto a este assunto a Ministra Maria de Lurdes não proferiu nenhuma afirmação em sentido contrário. Simplesmente, terá mandado prosseguir as demarches com vista ao cumprimento, dentro dos prazos que estipulara, do processo de avaliação docente.
3. As escolas cumprem, obviamente, as directivas da tutela, e não as ordens dos tribunais, pelo que continuam afadigadas no “trabalho” de produção da instrumentação avaliativa. Não se lhes pode levar isso a mal. Se alguém prevarica é a tutela que, clandestina e ilegalmente, se substitui aos pareceres judiciais.
4. Uma grande maioria de professores nem sabe que coisas se processam nos recônditos gabinetes do sistema. Continuam a dar aulas como sempre fizeram, a corrigir pilhas de testes como sempre fizeram, a preparar conteúdos o melhor que podem e sabem (e, indubitavelmente, fazem-no cada vez melhor), a esforçar-se deveras em nome do sucesso verdadeiro, alheados das suas próprias existências, lutando pela boa meta do seu trabalho - o êxito verdadeiro dos seus alunos.
5. Outros, infelizmente, esqueceram isso tudo, na voragem dos tempos, assoberbados que estão no “trabalho” oficial de construção de instrumentos para avaliação dos seus pares.
6. Contra tudo e contra todos, o trabalho sério na escola há-de continuar, feito pelos que não sabem sequer o que, nos gabinetes vários dos vários poderes, se pode estar a tramar contra eles…
(Imagem tirada daqui)