22 de janeiro de 2011

o humor físico e os alunos cinestésicos (1)

cinestésicoSempre me socorro do mesmo exemplo notável: o episódio em que Martim Moniz conta, post mortem, o que lhe aconteceu na conquista de Lisboa em 1147. Depois de decepado de ambos os braços, Martim pensa para consigo “Martim, a coisa não te correu bem, acho que estás definitivamente fodido”, enquanto gesticula efeminadamente com as mãos, mas, como já não tinha mãos, Martim, sentado confortavelmente na cadeira do convidado do programa televisivo “Boião de Cultura”, levanta ambas as collaneadas pernas e faz com elas o mesmo efeminado movimento enquanto pensa “Martim, a coisa não te correu nada bem, acho que estás… etc.”.  Martim exprime um pensamento com as mãos, digo, com as pernas, visto que os braços tinham sido decepados…

Riram? Não riram. Têm que ver a cena, aliás, magistralmente concebida por Herman.

Assim acontece com os nossos alunos cinestésicos. Só aprendem as coisas quando lhas dramatizam. Alunos cinestésicos fazem uma dupla imparável com o humor físico e, portanto, com professores palhaços.

Voltaremos a isto, um dia destes, quando nos sentirmos todos completamente cinestésicos… (It’s a dealer? Off shore.)

(Imagem daqui)    (post 682)

1 comentário:

Anónimo disse...

cada vez temos mais alunos cinestésicos. este texto aborda a questã de modo magistral.
MG