Fiz há dias 60 anos. Não os comemorei, é claro. Comemorar o quê? A decrepitude? A solidão impenetrável? A aproximação da morte? A reforma de 800 euros? Ter sido professor? Os meus textos? A governação socialista? A social-democrata? As outras governações? O pais de merda?
Aos sessenta anos só comemoro esta minha ainda afiada língua, esta miserável prosa, este meu espírito torto, esta raiva unívoca no teclado… Ontem era voz corrente que ia morrer de cancro. Hoje inclino-me mais para uma explosão apopléctica. (Muito mais luxuosa e sublime).
(Imagem daqui) (post 681)
3 comentários:
Lamento mas não estou contigo desta vez. Celebra-se a vida. E a vida de um amigo ainda mais. Por isso digo à boca cheia PARABÉNS!
A vida é só uma, e devemos viver felizes, procurando a todo instante o caminho para a felicidade. Comemorar o aniversário, não é tão importante do que comemorar o segundo que vivemos.Ser feliz e otimista, é a melhor prenda que se pode dar a todos que estão ao ser redor.
Eu sei. Vou tentar seguir o vosso conselho. Grande abraço.
joao de miranda m.
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