A batalha pode estar a mudar de campo, de paradigma. Deixou de ser simplesmente uma batalha entre a Ministra da Educação e a “classe” docente. A luta agora é entre a ética e o oportunismo, entre a dignidade e a baixeza. Temos, portanto, alinhados de um lado do campo os professores que permanecem baluartes indefectíveis da honra e da hombridade, e do outro os vendilhões que aparentam companheirismo mas que, no seu mudo rastejar, entregam objectivos e, à cautela, já requereram aulas assistidas, porque a vida e o futuro, sabem-no eles muito bem, está do lado dos gabirus. O maior inimigo da justa luta dos professores nasce, pois, debaixo dos seus próprios pés, no âmago das suas fileiras. São os que, silentes como bufas, envoltos na poeira dissimuladora, não ousam já erguer os olhos para os que ainda se conservam verticais. Um arremedo de vergonha intimidou-os, mas arrastam-se até onde sabem encontrar os poderes que lhes premiarão a cobardia.
(Imagem daqui)
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