Por que será que um director de uma escola secundária vai receber um suplemento salarial da ordem dos 750 euros mensais? Será que o legislador acha que ser director de uma escola é um cargo mais difícil, ou que dá mais trabalho ou que envolve maiores responsabilidades do que enfrentar diariamente várias turmas de alunos, especialmente dos que hoje se passeiam pelas nossas escolas secundárias, ganindo, bocejando, vociferando e apalpando-se freneticamente pelos cantos? Por que razão o trabalho burocrático de gestão tem que ser mais conceituado e muito mais bem pago que o trabalho lectivo? Será que é porque acham que uma escola não funciona sem um capataz? Será que, finalmente, alguém resolveu exportar também para as escolas a podridão que há muito vem reinando fora delas? Ou será que a atribuição deste suplemento absurdo vai servir para compensar os reveses que os directores vierem a sofrer quando forem enquadrados judicialmente por gestão danosa? Se assim for está tudo explicado, mas o caso, a acontecer, não deixaria de primar pela originalidade…
Claro, a escola secundária não é mais nem é menos que a envolvente sociedade civil. Como raio poderia ficar isenta de tal contaminação?
(Imagem daqui)
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