...dá meia volta e avança em frente
Paulo Guinote diz-nos aqui e aqui que não advirão reveses de natureza disciplinar para os professores que não entreguem os seus objectivos individuais. Por maioria de razão, não advirão castigos (para além de não se poder guindar ao Muito Bom ou ao Excelente) a quem não requisitar aulas assistidas. E neste ponto as opiniões dividem-se: uns acham que todos deveríamos requerer esse item da avaliação, pois isso emperraria mais ainda o emperrado e torto processo de avaliação; outros, pelo contrário, sustentam que ninguém deveria requisitá-lo, o que, embora fazendo o jogo do ministério (e indo, portanto, ao encontro de uma das mais queridas expectativas da tutela), injectaria uma nova noção de dignidade e honradez em todo o processo e daria a mais definitiva lição, a “ultimate lesson”, a quem sempre achou estar a dar lições aos professores.
Assim ou assado, mais cru ou menos cozido, a tutela acabou por dispensar da avaliação os professores mais velhos e cansados. E muitos destes estão a voltar as costas à luta que até agora encabeçaram, uma vez que ela deixou, por momentos, de lhes dizer respeito. Quem poderia levar-lhes isso a mal? Do mesmo modo, não se poderá levar a mal o facto de, já há muito, decorrerem nas escolas, por baixo dos panos, indecorosas negociatas para determinar, de um modo mais ou menos apriorístico, quem irá preencher as quotas para Excelente e Muito Bom. São humanos, não são?
(Ils sont fous ces humains...)
(Imagem daqui)