Por que será que os velhos clientes de qualquer empresa de serviços, os mais fiéis (aqueles que mais lucro já deram, visto estarem há mais tempo a ser comidos), são sempre mais mal tratados do que os novos? Será que as empesas pensam que têm os old ones for granted?
Quando se trata de um bem determinado no tempo, como por exemplo a compra de um telemóvel ou de um computador, ainda faz um certo sentido que quem já comprou ontem tenha pago o dobro de quem vier comprar amanhã. (Faz sentido, embora dê cá uma raiva…). Porém, serviços continuados, como, por exemplo, a televisão por cabo ou satélite, a Internet adsl, ou mesmo a assinatura da revista Deco não deveriam discriminar tão negativamente os velhos fregueses em detrimento dos novos aderentes.
Acabei agora de verificar que as ofertas de serviços idênticos aos novos clientes são, indiscutivelmente, muito mais favoráveis do que as precaríssimas condições em que estão mergulhados os clientes mais antigos. É como se o facto de eu entrar na loja mais cedo me vá penalizar no preço da mercadoria… Parece um contra-senso e nem acredito que esta política venha a ser muito saudável para as empresas, tão logo as pessoas se apercebam a sério destas anómalas situações.
Fiquei siderado ao perceber que pago, há seis anos, 35,57 por uma ligação adsl de 8 mbs, quando os novos aderentes estão a pagar 29,99 por 16 megas e ainda recebem serviço de telefone com chamadas ilimitadas. Trata-se, quanto a mim, de um abuso inqualificável. No cabo passa-se coisa idêntica: possuo, há cinco anos, o pacote clássico por 26,08 com ligação a um só televisor e agora a empresa está a aliciar os novos aderentes com um faustoso clássico por 23,39 que ainda permite ligação a três televisores.
Que espécie de ódio terão eles contra quem já subscreveu os serviços há mais tempo?
Isto é mesmo assim? Tem sentido? Há alguma razão ética? Há só uma razão comercial? Estou enganado e isto não está a acontecer nem a mim nem a ninguém?
(A sério, se alguém souber o que se passa e por que se passa, informe-me. Agradeço, não em meu nome pessoal, mas em nome da minha carteira, coitada…)
(Imagem tirada daqui)
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