19 de dezembro de 2010

Não se sabe bem que coisa poderá aquela ser…


atenas

Hoje não me apetece fazer a revolução. Estou reaça, pronto. É certo que na Grécia há um foco de revolta, uma hipótese de proletarização, ou será só um miasma infecto sem proveniência conhecida, uma lumparia assanhada que não tem ideia do que faz, nem do que lhe está a acontecer...

Se eu estivesse no início da década de 70, com 20 anitos incompletos, estaria a pedir à célula de Coimbra do meu socialístico e esquerdoso partideco de então que me pagasse uma passagem no Sud Express até à capital das luzes e depois pelo Expresso do Oriente até Atenas, só para ir ver aquilo de perto. Mas agora não. Agora fico aqui, quieto e calado, desejando ou temendo (muito mais este gerúndio que aquele, 

meu Deus, como estou reaça… e velho) que algo aconteça, ou mesmo que não aconteça nada porque no news, good news, e depois de mim virá quem de mim bom fará e quem vier atrás que apague as luzes, ou feche a porta, ou ambas as coisas.

 

Sabe-se porque começa uma revolução, sabe-se que a situação na Grécia é uma semente proletária. Mas não se sabe como e quando uma revolução termina, nem que semente é essa que se deita à terra, nem que árvore ou escalracho brotaria dela… Sabíamo-lo todos antes. Agora não.

(Imagem daqui)

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