Creio bem que o objectivo inicial da construção de tantos blogues sobre Educação não passava por este afiar de espadas contra a equipa ministerial vigente. Muito pelo contrário, houve, segundo penso saber, uma intenção inicial de reflectir a Educação em todas as suas contingências, a partir do trabalho no terreno, ou seja, a partir do próprio lodaçal onde ela vive e tem que se desenvolver, malgré tout.
Paulo Guinote, Carlos Fiolhais, Desidério Murcho, Idalina Jorge, Ilídio Trindade, Paulo de Carvalho e dezenas de outros não esperaram, certamente, ter que se envolver nesta guerra sem tréguas contra quem, mostrando pouco entender do verdadeiro respirar da Educação, lhe foi introduzindo reformas que se revelaram, porque imaturas, meros palpites reiteradamente falhados, dia após dia, mês após mês, ano após ano. Foram esses palpites (sempre ao lado) que levaram a Educação até esta coisa disforme que já poucos reconhecem como coisa pública consensualmente educativa.
Era, certamente, um grande movimento de discussão nacional, de partilha de projectos e recursos, de perspectivas didácticas racionais, sensatas e eficazes que aqueles autores se dispunham abrir quando criaram os seus espaços sobre Educação na Blogosfera nacional. Não podendo, no entanto, resistir ao acúmulo de medidas soezes e insultos vis, aqueles autores tiveram que reorientar os seus blogues para outras dinâmicas menos nobres, porém absolutamente justificadas e imperiosas. Estava em causa a permanência da inteligência no Sistema Educativo, contra a estupidificação que nele agora grassa.
(Imagem daqui)
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