Estudo recente anuncia que os homens têm muito mais piada que as mulheres e que isso se deve à secreção testicular de testosterona. Realmente, sempre tive muita dificuldade em me rir de uma mulher, por mais hilariante que digam que ela é.
A fazer fé na teoria (agora comprovadíssima) da relação unívoca entre o sentido de humor e aquela secreção escrotal, é possível desde já inferir que a progesterona deve ser a secreção ovárica da tragédia. Quanto mais feminina, mais amargurada e sinistra uma criatura deve ser! (Não possuo prova experienciada desta hipótese porque nunca conheci nenhuma mulher que fosse realmente feminina).
Deve então ser por isso que, colocados, por exemplo, diante de um país como este, temos machos em grandes grupos a rir às gargalhadas das medidas sucessivas de sucessivos governos, enquanto mulheres profundamente femininas, oriundas do mais pistiloso gineceu que se possa imaginar, carpem mágoas e choramingam tristezas que dá dó.
Tudo muito claro, tudo muito bem. Mas, de repente, acomete-me uma dúvida inconveniente: quando eu deixar de produzir testosterona (nada dura para sempre, e testosterona deve ser, como o petróleo, uma energia não renovável) deixarei de saber rir das adversidades que tanta gente pretende semear na minha já tão precária vida?
3 comentários:
Texto muito interessante. Gostei.
Moacyr.
Obrigado Moacyr. Grande abraço.
Boa questão! É fundamental continuarmos a rir, apesar das adversidades... Marla
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