Hugo perdeu o referendo. Mas, se atentarmos nos números, 50.7 por cento é muito pouco para dizer que não se quer perpetuar alguém no poder. E Hugo sabe bem disso e já o deixou antever, no meio do seu discurso constrito (disse constrito e não contrito)…
Hugo é apoiado por largos sectores do Lumpenproletariat venezuelano, os que gostaram das camisetas e das esferográficas, dos bonés e das bandeiras vermelhas, mas que também obtiveram o melhor salário mínimo da América Latina, o que faz dele um homem bem intencionado, malgré tout. Mas não só! Chávez também conta com o apoio de um sector importante das pequena e média burguesias (proletarizadas nos últimos anos) e uma não despicienda fatia de intelectuais progressistas que sonham com um novo paradigma social e económico para o seu país e para o mundo, uma outra globalização que possa travar a que ora se agiganta por todo o lado.
Chávez pode não ser um político muito sério, mas será sempre um caso muito sério. Muito bom ou muito mau, conforme os gostos…
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