25 de julho de 2007

Quietinho, Charrua...

A Senhora Dren denunciou e fez muito mal. A Senhora Ministra da Educação decidiu o que decidiu sobre o caso Charrua e fez muito bem. Fez ainda bem ter proferido as palavras sobre direito à liberdade de expressão que proferiu, mas foi excessiva quando manifestou a intenção de demitir a Senhora Dren.
Charrua abusa ao exigir ao estado uma indemnização por perdas e danos. Quanto a mim (que prezo, sobretudo, a dignidade e a moderação), Charrua deve tão-somente exigir a sua reintegração no cargo e o reconhecimento público de que não prevaricou contra o estado, entidade a quem vem agora exigir alvíssaras (que vão acabar, inevitavelmente, por sair do meu pobre e decrépito bolso).
A Senhora Dren deve permanecer no seu cargo, visto que não são públicas quaisquer incompatibilidades para o exercer e não consta que o exerça com alguma espécie inadmissível de incompetência.
Na circunstância de ambos terem que continuar a partilhar o mesmo local de trabalho, será sempre fácil construir um muro de Berlim, uma muralha da China ou um simples tabique pessoal comunicacional, como todos fazemos, de modo razoável, nos nossos locais de trabalho.
Quando é que as nossas figuras mediáticas e os nossos interventores sociais e políticos deixam de ser desmedidos nas atitudes e nos discursos? Ou será que esta tensão emocional em que vivemos está a privar-nos da sobriedade na acção e da competência na aceitação, no entendimento e no perdão?!

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