13 de novembro de 2010

casuística educacional

arrogantePara que os Alunos possam crescer, precisam de respeitar e admirar os Professores. Mas para serem admirados e respeitados, os Professores não têm margem para nenhum erro. E, no entanto, erramos mais vezes do que acertamos. E um dos mais graves erros que os professores cometem de modo recorrente e corporativo, é amuar e remoer perante críticas insultuosas, esquecendo, por vezes, que o oponente insultuoso já perdeu a razão e o debate, ainda que a possua em demasia. 

No caso concreto reagimos muito bem, mas seria espectável que tivéssemos reagido ainda melhor, aniquilando o inimigo com branda energia, inteligente postura e irónica subtileza. Estes ingredientes, claro,  não se compram em acções de formação, mas seriam armas implacavelmente eficazes se as possuíssemos. (É urgente que as possuamos...)

O ascendente académico de que a Senhora EE se reveste frente aos professores da turma é que a induziu ao descalabro incontinente de que foi acometida. Que péssimo serviço prestou ela à instituição académica onde serve, à dignidade da investigação que conduz, ao grau de Doutor que ostenta e, em última análise, a si própria. É como se os míticos e superlativos sabetudos da nossa praça rolassem lá das alturas e se estatelassem no chão, diante da mais humilde das criaturas. "Quantos vão a Coimbra, se burros vão, burros vêm", diz-se por estes lados. Dignidade não vem de Bolonha, no pacote expresso.

(Imagem daqui)

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