Nota-se, no entanto, um sinal visível de uma inquietante fractura na luta dos professores: há unidade e coesão quanto ao que não se quer; mas não as há quanto ao que se deseja. E é por aqui que um movimento forte e dinâmico, um movimento coeso e solidário poderá desembocar num desalento prematuro. A certeza que exaltou os manifestantes naquela marcha imponente poderá dar lugar à hesitação que os conduzirá à vil tristeza do abandono.
E tudo porque os une o que sabem não querer, mas os afasta o que ignoram desejar…
É urgente pensar melhor a escola. É urgente aproveitar isto e pensá-la já, toda, seriamente, sem remoques nem pruridos, sem manhas nem rodriguinhos, sem açaimos nem grilhetas, sem hesitações nem adiamentos.
(Para vencer arrogantes mediocridades e proclamar um tempo novo.)
(Imagem tirada daqui)
2 comentários:
É triste, mas és capaz de teres razão ... porque o que sabem não querer é diferente do que ignoram desejar, no entanto julgo que a primeira premissa é a mais forte .... e não há machado que corte a raiz à vontade da dignificação.
Um abraço do
Zé
Caro amigo...
Hoje já não se cortam raízes à machadada. Isso era no antigamente. Hoje, burrifa-se a planta com round-up, e ela estiola sem mesmo o sentir...
Cumprimentos ao "aoquisto". Abraço.
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