9 de março de 2008

Cem mil

professores luta

Por mais que a Ministra da Educação se apresente com aquele ar seráfico de estar permanentemente no bom caminho, de não ser beliscada nas suas convicções nem mesmo por uma avalancha desmedida como a de ontem, ela está, intimamente, a fazer contas aos seus dias na cadeira do poder. Parece que a dama de ferro portuguesa começa a enferrujar.

O problema dela alastra, entretanto, ao Primeiro Ministro e vai acabar por envolver cada executivo e cada professor em cada escola portuguesa. A desobediência civil, no que exclusivamente respeitar ao prosseguimento das tarefas de avaliação dos docentes, poderá ser o caminho a seguir, talvez o único possível na actual conjuntura. Um dos cenários viáveis poderá muito bem ser este: Sua Exª finca pé e permanece; os professores ouvi-la-ão falar do seu menino de ouro, mas não sujarão as mãos para a ajudar a pari-lo…

(Imagem tirada daqui)

6 comentários:

Maria Arvore disse...

Tornou-se impossível tapar o sol com a peneira. No entanto, como o cenário das eleições do próximo ano aponta o mesmo vencedor concordo que a desobediência é o caminho.

O cidadão Zé disse...

essa bruxa má só com muita lata, tem coragem para ficar, como pode haver seres humanos insensíveis a esta contestação.
A luta continua Pinóquios e Bruxas Más para a Rua.

http://aoquistochegou.blogspot.com/

effetus disse...

Seria bom que a senhora ministra desaparecesse, tal como o próprio primeiro...
Infelizmente, considerando o autismo e a arrogância deste, e a teimosia e pesporrência daquela, não acredito que ela se vá embora.
Para mal de todos nós...

joao de miranda m. disse...

Maria,
quem sabe o cenário muda... se a peça tiver mais que um acto...
Por mim, nas próximas eleições, voto no Galo de Barcelos... :)
Beijo.

Tony,
eu acho que a relação que se estabelece entre o ministério e os professores é um pouco semelhante à que se estabelece entre os professores e os alunos. O professor dita um montão de ordens, mas, se os alunos não quiserem cumpri-las, não as cumprem e pronto. Se for um ou dois a não cumprir, haverá um ou dois processos disciplinares. Se forem todos a não cumprir, não haverá nada. Não se luta contra a maré alta.
Claro que a desobediência que eu proponho teria que ser limitada apenas ao trabalho burocrático ilegal imposto por um ministério que não cumpre as ordens dos tribunais. E só a esse. Defendo que os professores redobrem o seu trabalho de leccionação e intensifiquem o apoio aos alunos com limitações cognitivas. O verdadeiro sucesso é por aí que se constrói... Só por aí.
Grande abraço.

effetus disse...

Tens razão!
Seria um bom caminho, sem dúvida.
E a classe terá a capacidade, melhor dizendo, a coragem para o fazer?
Quero acreditar que sim.
Outro abração.

joao de miranda m. disse...

Tony,
Não, não tem. A classe é muito fraca e está toda preocupada apenas com o seu umbigo. Não há classe, na verdade. A classe desobedece aos tribunais para obedecer à tutela, mesmo que a tutela labore em profunda ilegalidade. Isto deve configurar uma das mais comodistas e oportunistas cobardias...
Grande abraço. Saudações ao "Effetus"