José Sócrates fala tão bem castelhano como inglês. Daniel Oliveira mostra-nos aqui uma análise feita por uma professora de castelhano à conversa telefónica entre o Primeiro Sócrates e o Primeiro Zapatero, constante de um programa publicitário sobre a vida privada do líder socialista português. Muitos erros, mas nada de maior. Nada que Zapatero não fizesse se se aventurasse a falar português. Esta situação nada tem de anormal e, quanto a mim, é absolutamente pacífica, ao ponto de nem sequer entender a razão por que a blogosfera tanto malhou no Primeiro Ministro. Sócrates não tem que saber falar castelhano. De certo modo, ficou-lhe até muito bem tanto pontapé na gramática de nuestros hermanos.
Porém, não foi possível tal comunicação! Não por via dos inúmeros erros de Sócrates, quer lexicais quer sintácticos, mas simplesmente porque não é credível que houvesse Zapatero algum do outro lado do “fio”, no momento em que Sócrates "posava" para um programa de desagravo, na tentativa de relançar uma imagem simpática, já incluída no processo de pre-campanha. Foi tudo pura encenação, evidentemente.
(Cá para mim, o telemóvel do Primeiro Sócrates nem sequer tinha saldo. A menos que a chamada de parabéns fosse a pagar no destinatário, o que seria, sem dúvida, um raro e imprevisível acto de requintada inteligência.)
(Imagem tirada daqui)
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