- Quero um troço de estrada, faz favor.
- Com certeza. Quanto?
- Uns dez quilómetros. Sem curvas e a descer. Quero ir visitar a minha tia Faustina que mora lá em baixo no vale.
- Deseja sinais de trânsito?
- Não muitos. Uns outdoors e alguns cruzamentos com estrada sem prioridade. Estou com um bocado de pressa.
- Muito bem. Deseja material de qualidade ou pode ter buracos?
- Qual a diferença de preço?
- Bom, assim em bom, custa-lhe 600$00 por quilómetro, sem contar com a sinalização horizontal. Com sinalização horizontal, custa mais três por cento. Se for um troço de segunda, posso fazer-lhe 450
- Está tudo pela hora da morte. Uma pessoa não pode ir a lado nenhum. Dê-me então dessa mais fraca, sem sinalização horizontal e sem polícias de trânsito. Mas ponha uma tasca aí ao quilómetro 6 ou 7.
- Olhe, nem de propósito. Tenho aqui um troço de um IP que alguém construiu e depois não encontrou onde o pôr. Está como novo e tem uma estação de serviço ao quilómetro 5, com duas ucranianas e uma moldava a servir água tónica e cerveja.
- Óptimo, levo esse...
- Temos agora uma promoção: umas garotas seminuas que empunham uns sinais de trânsito com limites de velocidade. São só mais 5 por cento.
- Não, isso vai-me atrasar muito.
- Muito bem. Deseja que embrulhe?
- Não, estou com muita pressa... é para usar já.
- Certíssimo. Onde deseja que o ponha?
- Em frente do pára-brisas, está claro...
"Pão Comanteiga" (adaptado - não resisti à tentação de estragar um pouco o texto original)
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