Um professor conta uma anedota sobre o Primeiro (ou, leia-se, insulta despudoradamente o Primeiro) e é suspenso de funções, (embora não liminarmente fired, tout court). É, sim, recambiado (por quem e com que legitimidade?) para a sua antiga profissão, onde supostamente sempre pertenceu, visto que nem a DRE nem a deputaria são, em rigor, profissões. O homem, coitado, estava, como tantos outros, a passar uma bela estada no bem-bom na DREN.
Temos que nos entender: Ser funcionário das DRE não é bem o mesmo que ser funcionário de organizações de base, de campo, (periféricas, digamos), como são as escolas. Não se deve insultar o patrão quando ele mora assim tão perto de nós. É muita burrice. No entanto, um ror de vozes se levantou logo contra essa medida. E a minha também se uniu à desses, mas com algumas reservas, visto que acho que insultos realmente insultuosos, (tanto quanto esta democracia souber destrinçar) devem ser remetidos aos tribunais para limpar honras e, muito mais importante nestes tempos, angariar indemnizações.
Quer se trate de um verdadeiro insulto, quer de um imprudente joke, o homem não podia sofrer aquele revés. Na DREN deve estar-se muitíssimo melhor que numa sala de aulas a berrar conteúdos e sempre a levar na tromba com a má educação dos jovens e a desconfiança absoluta dos pais.
Obviamente que há recônditos recortes na história que ninguém ainda sabe. Mas, mesmo assim, logo se levantaram inúmeras vozes em solidária defesa do professor. E até a minha, de costume tão vagarosa, se levantou também.
Mas com reservas.
Moral da história: Só se deve falar mal do patrão quando estamos mortos por perder o emprego, ou quando temos a certeza de que ele é surdo. Mais que isto é imprudência.
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