5 de maio de 2007

Carta aberta de Por Enquanto a um ministro virtual

Sabe, Senhor Ministro, eu não queria parecer pessimista, tanto mais que todas as Vossas Excelências têm vindo a alardear que o pessimismo encolhe e embota o desenvolvimento da bolsa e o desenvolvimento da bolsa é que é o grande desarrincanço das economias. Sei disso muito bem e não quero, de modo nenhum, parecer um estorvo ao desenvolvimento do paísito a que Vossas Excelências e eu, por enquanto, pertencemos. Não quero parecer pessimista, e também gostaria de o não ser, esforçando-me todos os dias para contrariar essa tendência, mas olho diariamente para esses destroços ambulantes que são os portuguesitos do seu/nosso (por enquanto) paísito e não posso deixar de ficar assustado.
Sabe, Senhor Ministro, eu não queria parecer assustadiço, tanto mais que as Vossas Excelências Todas têm vindo a alardear que o medo, o temor, o cagaço e o pânico encolhem e desbotam o desenvolvimento da bolsa, etc, etc, etc.
Mas olho diariamente para essas ruínas errantes que são os portuguesitos da sua/nossa (por enquanto) patriazita, e não posso deixar de ficar amargurado.
Sabe, Senhor Ministro, eu não queria parecer amargurado, etc, etc, etc.
De Vossas Excelências Todas,
Inquieto, vulnerável e (cada vez mais) obrigado,
Subscrevo-me atenciosamente,



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