Sim, mas isso era na Roma antiga, na Roma esclavagista, há perto de três milénios. Aqui, nesta democratíssima sociedade lusitana, nesta barcarola sem rumo, nem panem, nem circenses. O pão já nos foi roubado da boca para dar aos abutres. O circo, acaba de nos ser vedado com o corte do direito ao Carnaval.
Eu acho que o primeiro ministro devia pensar melhor. Roubar-nos a dignidade, o pão, o trabalho, o salário, a casa, encher-nos de impostos, de taxas, de multas, de opróbrios, de angústias, de tristezas e de depressões, enfim, inviabilizar-nos qualquer forma de existência aceitável será perfeitamente suportável por este povo que deixou há muito de sentir. Mas, senhor primeiro ministro, tirar-nos o dia do ano em que podíamos gozar livremente com a sua cara, e a dos outros parvalhões que nos governam, isso é que não pode ser.
(Vá por mim, isso pode fazer ruir o resto do império, homem…)
Post 813 (Imagem daqui)
4 comentários:
Hehehehe excelente. E já agora deve seguir-se a Páscoa, não? Bj grande
Muito bom, João! Diatribe perfeita!
Abraço
OF
Com tanta austeridade, um dia a bolha rebenta. Ainda me recordo quando o Cavaco tomou medidas semelhantes e não lhe correu lá muito bem. Mas parece que o povo está muito manso e esquecido... Enquanto houver vinho e futebol, o povão não reclama. Marla
três grandes abraços para Fátima, Odete e Marla. Um grande e tolerante (no ponto) carnaval
joao de miranda m.
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