Deus me livre de estar agora aqui a denegrir a auto-avaliação das escolas, dos professores, dos alunos, dos encarregados de educação, dos funcionários, dos ministros e de toda a fauna nuclear e adjacente à escola pública. Nem por sombras! Tenho a auto-avaliação em elevada estima, e com toda a consideração subscrevo tal método de avaliação, até mesmo porque é o único que se coloca sempre do lado do avaliado. Em verdade vos digo que, por mim, toda a avaliação poderia perfeitamente reduzir-se a este item, com notórias vantagens para todos os intervenientes na vida escolar. (Imagem daqui) | Já o disse aqui e, embora os tempos estejam de feição a que um cristão tenda a mudar de ideias a cada quinze dias, na presente questão declaro manter-me perenemente conforme. Do que não estava à espera é que os iluminados que defendem e proclamam este método avaliativo venham a lume declarar a sua suspeição, e mesmo absoluta rejeição, do método de avaliação dita externa que outros tantos, igualmente iluminados, seguem tão crédula e fanaticamente empenhados como os primeiros. Mostrou-se-me absolutamente óbvio que, quando duas facções se digladiam assim, só pode estar em causa uma questão de sobrevivência. Por mim (e apesar de me tender o coração para o primeiro método avaliativo) deixarei, plácido, que se derrubem mutuamente até que, por fim, ressurja do anonimato o burro de Orwell, zurrando fleumaticamente que “foi um tempo mau que já passou”… É que, de facto, muito melhor que ter-nos Deus dado um rabo para afugentar as moscas será não precisarmos de rabo por não haver moscas. |
9 de setembro de 2010
O Burro de Orwell
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