8 de julho de 2010

O homem sintético é filho da nossa crise

hegel Da situação crítica que vivemos hoje sairá um homem novo. Tão novo, mas tão novo que até dá raiva. Esse homem não terá mais de trinta anos, trinta dólares, trinta opiniões, trinta donos, e será, naturalmente, um desempregado a viver a expensas dos pais, também desempregados.

Esse homem estuda. Estuda sempre. Estuda pra burro e sabe pra c_ _ _ _ _ o.  Mas nunca fez nada e nunca vai fazer nada: não mete água, nem medo, nem o dedo na ferida, nem o nariz onde não é chamado, nem os pés pelas mãos. Só dó.

Das crises e convulsões do passado saiu sempre um homem novo – o antitético. Desta crise sairá, finalmente, o homem sintético, o homem decadentemente jovem, alegremente triste, ricamente pobre, ignaramente culto, cobardemente destemido, arrogantemente humilde, honradamente canalha. O homem novo, danado de sintético, cheio da síntese hegeliana e de nove horas, estuda pra burro e sabe pra c_ _ _ _ _ o.

E é novo como a merda. Sintético que mete nojo…

(Imagem daqui)

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