“A noite, muito suave e cheia de luar, passou-se no acampamento; e os rapazes da Mocidade nem queriam acreditar que estavam em Lisboa, porque o ar puro e fresco daquela manhã de Maio tinha o perfume das flores do campo.
Os lusitos, os infantes e os vanguardistas, vindos de todas s províncias, dormiam e sonhavam ainda, quando um toque vibrante de clarim os despertou: Tatá… Tatatá!…
- Eh! rapazes! – gritaram os comandantes de castelo.- É o toque de alvorada. Levantar! Levantar!
O sol não tardou a erguer-se também para tornar mais lindo aquele dia 28 de Maio – dia de festa da Mocidade Portuguesa.
Todos se aprontam. Das tendas de lona do acampamento saem centenas e centenas de rapazes, desembaraçados e alegres, para assistirem à missa campal.
Batem as dez horas. Vai ser saudada a Bandeira. Todos os castelos estão formados em quadrado. Ao centro vêem-se os guiões azuis e amarelos e as bandeiras brancas e vermelhas. Toca a sentido. Logo a seguir, ouve-se o toque de continência. Os rapazes, direitos e firmes como estátuas, estendem o braço.
Está a ser içada a bandeira nacional.”
(In O LIvro da Segunda Classe – Ed. 1958)
A minha geração tinha sete anos quando leu e interiorizou isto para sempre.
(Imagem daqui)
Nota: Santa Nostalgia é um blogue que, seja qual for a sua orientação política, tem o mérito de nos restituir um tempo que passou.
1 comentário:
Este é o último texto do livro, antes da doutrina cristã. É também o mais rico na defesa dos ideais do Estado Novo. Gostava de o ver comentado...
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