Provavelmente haverá, algures, uma vida mais feliz e emocionante para pobres e remediados, sem as imposições e os constrangimentos dos três por cento, nem mesmo de quatro ou de vinte e quatro. Não sei onde. Mas acredito que esteja na Síntese que, historicamente, ainda não passou por aqui.
10 de março de 2007
À espera da Síntese prometida
E lá voltei a vasculhar velhos livros, sábios livros, à procura de uma explicação para o facto de, aparentemente, todos estarmos a aceitar este tempo que vivemos, como se, passadas e vencidas que foram outras perspectivas, mais não nos sobrasse a não ser ISTO. E tropecei na celebrada carta de Marx a Annenkov (outrora tão vivamente solenizada como o Manifesto ou o Capital, e hoje liminarmente proscrita):
“Na verdade, ele (Proudhon) faz o que todos os bons burgueses fazem. Todos eles nos dizem que a concorrência, o monopólio, etc., em princípio (isto é, tomados como pensamentos abstractos) são os únicos fundamentos da vida (…). Todos eles querem a concorrência, mas sem as suas funestas consequências. Todos querem as condições da vida burguesa sem as consequências necessárias dessas condições. Nenhum deles compreende que a forma capitalista de produção é uma forma histórica e transitória, tal como o foi também a forma feudal. Este erro vem do facto de, para eles, o homem burguês ser a única base possível da sociedade, de não conseguirem imaginar um estado da sociedade no qual o homem deixasse de ser burguês.”
Provavelmente haverá, algures, uma vida mais feliz e emocionante para pobres e remediados, sem as imposições e os constrangimentos dos três por cento, nem mesmo de quatro ou de vinte e quatro. Não sei onde. Mas acredito que esteja na Síntese que, historicamente, ainda não passou por aqui.
Provavelmente haverá, algures, uma vida mais feliz e emocionante para pobres e remediados, sem as imposições e os constrangimentos dos três por cento, nem mesmo de quatro ou de vinte e quatro. Não sei onde. Mas acredito que esteja na Síntese que, historicamente, ainda não passou por aqui.
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1 comentário:
Feliz daquele /daquela que consegue se afastar da sociedade burguesa com todas as suas "funestas consequências". Feliz daquele /daquela que se consegue libertar dos espartilhos sociais e outros (como o soutien ;)e viver em total liberdade, tranquilo e livre de constrangimentos numa ilha tropical com o que a terra lhe dá. Já estou a delirar... ao som da música do Caetano Veloso " Dans mon île". Bom fim de semana! beijinhos Marla
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