Pedro Rolo Duarte, numa entrevista ao Biography Channel, aflora a questão de uma certa desorientação que diz notar na imprensa escrita em geral. Esta desorientação, esta perda de paradigma não é mais que uma pssageira crise de crescimento, digo eu. A blogosfera que, no dizer do jornalista, representa um pouco do que ele gostaria que fosse a imprensa, não a substitui nem se lhe assemelha, volto a dizer eu. De jornalismo nada sei, como nada sei de um sem número de outras coisas, incluindo a própria blogosfera, sobre a qual escrevi, sobre a qual me empolguei um dia, prescrevendo-lhe normativos e augurando-lhe um lugar de destaque na tribuna mundial da opinião e da irreverência polemizada. E ela é hoje tudo isso. Mas o seu problema consiste em não ser mais do que isso. Ser uma tribuna de opinião política e sociológica, um speaker’s corner das oposições, um muro de lamentações da crise económica, é muito pouco para a blogosfera. Quereria que ela fosse também a expressão de um individualismo sério e autorizado, a manifestação de um estado de alma ecoante, de uma constante poética, de um esboço de novos rumos para a escrita criativa universal. Ecce blogosfera…
Pedro Rolo Duarte no Biography Channel
(Imagem daqui)
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