A avaliação dos Professores não pode basear-se, em definitivo, nos resultados escolares dos alunos. Este ponto parece ser pacífico, já que a própria CONFAP o reconheceu. Ela sabe que alunos estudiosos e empenhados fazem toda a diferença. Ela sabe também que não há estratégia que resulte contra o não quero e o não me apetece.
Se excluirmos um conjunto de tretas imprestáveis de natureza burocrática (como evidências da elaboração de instrumentos de ensino e de avaliação, ou outras da participação na vida escolar, ou do comprimento dos PAAE, por exemplos), ficamos apenas com as aulas assistidas. Pois é. As aulas assistidas para todos estão a bater à nossa porta. Nos próximos anos lectivos, todos os professores encetarão um segundo estágio pedagógico.
Muito bem. Vamos a isso. Quero todas as minhas aulas assistidas e não apenas uma ou duas por trimestre. Quero um formador exterior à escola, competente, da minha área científica, que acompanhe o meu trabalho cinco dias por semana, que trabalhe comigo na escolha de textos e de materiais, na invenção de estratégias contra a indisciplina e a negligência, na elaboração de instrumentos de avaliação, na correcção de testes e fichas, na reflexão e análise casuística.
Ecce avaliação docente. Não admito ser avaliado em duas ou três aulas por um burro maior que eu. O meu avaliador deverá ser menos burro do que eu e rejeitar toda a espécie de albarda.
(Imagem daqui)
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