Curiosamente, parece também avolumar-se a ideia de que o ensino privado, além de mais barato por aluno é também melhor e mais eficaz. Quem tem dinheiro para fazer estudar o filhote numa escola privada paga o estudo do seu próprio mostrengo ao privado, nas propinas, e paga o estudo dos mostrengos dos pobres ao estado, nos seus impostos. Nada mais cristão…
Mesmo pagando duas vezes, quem tem dinheiro admite sempre preferir o ensino privado ao ensino público. Não será, certamente, porque lhe fica mais em conta. Obviamente que deve ser porque o privado vai dotar o seu rebento de estranhos instrumentos que o elevarão a pastor da carneirada que o público debitará. A manutenção da carneirada terá que ser atribuída ao serviço público de educação, enquanto a produção dos respectivos pastores será atributo da escola privada. É a divisão de trabalho. Cristianíssimo outra vez.
Um senão: para construir essa mole meio zombie, mas acatadora das políticas vigentes, o ensino público vai precisar de um contingente de professores burros. A escola pública ainda não possui, infelizmente, esse tão desejado contingente. Mas está a trabalhar acerrimamente para isso. E está no bom caminho…
(Imagem daqui)
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