23 de novembro de 2007

Violência Doméstica

Neste preciso momento, discute-se a violência doméstica numa estação de rádio. Eu, que sou o homem mais brando que se possa conceber, enfim, um verdadeiro banana, também já tive vontade de bater em mulheres (e não só nas que me couberam em sorte), tanta quanta já tive de bater em homens, sobretudo se são mais inteligentes, ricos, poderosos, belos e saudáveis do que eu.
Porém, bater numa mulher é mais um acto da irredutível estupidez do género masculino. Vão-me agora dizer que também há mulheres que batem nos homens? Eu sei. Já apanhei delas muito mais do que de outros homens, e sem nunca chegar a entender a razão por que o fizeram. (E estou terrivelmente intrigado por elas já não o fazerem).
Mas essas pujantes e vetustas madonas que batem nos homens não se devem levar a sério. Elas fazem-no com a mesma distraída displicência com que sacodem os tapetes na sacada. Muitas delas nem se apercebem verdadeiramente da diferença.
Mulher é muito mais laboriosa nos actos e nos objectivos, quando se trata de aporrinhar um marido. Com esse intento, utilizam, geralmente, doses de cianeto um pouco além das recomendadas, ou espetam alfinetes nos seus vudus, laboriosa e penelopemente executados. Embora a segunda estratégia possa falhar, a primeira apresenta elevadas probabilidades de dar certo…
Já o homem, não. Irracional e embrutecido, mal lhe dá para desarrincar um plano de qualidade sofrível. O supra-sumo da inteligência a que um homem já se guindou, nesta questão de maltratar a legítima, foi bater-lhe sempre fora de casa. Pelo menos este acto não poderia nunca ser considerado violência "doméstica". (Não compreendo o facto de o juiz, um homem tão culto, não ter entendido a piada. Devia estar, certamente, mal disposto com a notícia de vir a ser funcionário público)
...
[Ah, e já chega de me dizerem que a imagem não tem nada a ver com o texto. Mania…]

4 comentários:

Anónimo disse...

Este teu cianítico texto lembra-me a mulher que disse ao médico.
O que hei-de fazer, Sr. Doutor? O meu psiquiatra disse-me que, quando estivesse com estranhos me devia afastar sempre que eu tivesse gases para expelir.Por isso não entendo o meu marido que não gosta de me ouvir arrotar, para não falar de outras coisas. Então marido não tem obrigações?

Como vês, joão, nem só com cianeto se sacode o marido da sacada.

Anónimo disse...

Umas lambadas bem dadas numa certa caruça gorda e lambuzada e a feder aos gases naturais dos ditos ... não é violência doméstica é domesticada em autodefesa

effetus disse...

Caríssimo:
Cá para mim - que sou juiz e até acho que tenho sentido de humor... - a foto está muito bem!
A mensagem é subliminar, mas está lá: as rosas têm espinhos... logo, aquilo foi "prenda" do marido/namorado, para a seviciar...
E toc, como diria Achille Talon.
Tony.

joao de miranda m. disse...

Eheheheeh... sempre atento, sempre atento... Grande abraço.