9 de novembro de 2007

Não faço greve nunca, jamais, em tempo algum…

Lá para o fim do mês vai haver greve geral. No dia da greve não dou aulas. Ficarei em casa, mas não me declararei em greve. Nessa não caio eu, porque, como sabem, tenho dois tijolos burros, um de cada lado dos… etc. etc. etc. … o resto já sabem do post anterior.
Como me obrigam a prever as doenças imprevisíveis, estarei imprevisivelmente doente no dia da greve e esquecer-me-ei de entregar os planos de aula. (A um tipo de quase sessenta anos será admissível um esquecimento desses, visto que já me esqueci algumas vezes das salas onde sistematicamente dou aulas, tendo que recorrer a uma colega mais jovem).
Tentarei conseguir um atestado de médico. Porém, o meu médico não é burro e tem a mania de ser honesto, pelo que não mo passará, a menos que eu esteja realmente incapacitado. Diante destas circunstâncias, e colocado perante a hipótese de uma falta injustificada, aceitarei, contra minha vontade, que essa falta me seja justificada à luz da greve. Mas que fique bem claro, Senhora Ministra, lá greve é que eu não faço nem que me mordam…
(É que essa coisa dos tijolos…)

1 comentário:

Anónimo disse...

Mordaz,
pírrico,
sardónico,
venenoso,
inteligente,
este teu humor!
Que não lhe dê para fazer greve!
Ia prejudicar-me e quanto a serviços mínimos, a Srª Ministra não os deve autorizar. Aliás, o humor deve causar-lhe engulhos no estômago. Tal qual os teus tijolos!
Abraço não sardónico
Amirgã