Possuo religiosamente um exemplar de uma edição rara de “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, de Júlio Dinis.
Digitalizei duas folhas que se desprenderam mal lhes toquei: uma delas é o intróito e a outra é a última das 15 ou 20 gravuras legendadas que vão pontuando a acção.
Muito poucos livros me deram tanto prazer como este: uma luta de classes (nada que não se resolva com amor e algumas alianças) depois da guerra civil opõe velhos fidalgos legitimistas a jovens burgueses, proprietários liberais de pequenas herdades tornadas florescentes à custa de muito suor e de algum crédito bancário.
“Os Fidalgos da Casa Mourisca” é, em minha opinião, a mais conseguida incursão pelo formato da literatura silvestre em Portugal.
Em cima, da esquerda para a direita: Gabriella (Baroneza de Souto-Real), D. Luiz, Bertha da Póvoa, Jorge, Maurício, Thomé da Herdade.
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