11 de setembro de 2007

Prateleira anacrónica

Possuo religiosamente um exemplar de uma edição rara de “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, de Júlio Dinis.
Digitalizei duas folhas que se desprenderam mal lhes toquei: uma delas é o intróito e a outra é a última das 15 ou 20 gravuras legendadas que vão pontuando a acção.
Muito poucos livros me deram tanto prazer como este: uma luta de classes (nada que não se resolva com amor e algumas alianças) depois da guerra civil opõe velhos fidalgos legitimistas a jovens burgueses, proprietários liberais de pequenas herdades tornadas florescentes à custa de muito suor e de algum crédito bancário.
“Os Fidalgos da Casa Mourisca” é, em minha opinião, a mais conseguida incursão pelo formato da literatura silvestre em Portugal.




Em cima, da esquerda para a direita: Gabriella (Baroneza de Souto-Real), D. Luiz, Bertha da Póvoa, Jorge, Maurício, Thomé da Herdade.




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