28 de setembro de 2007

O mais eficiente professor de jornalismo

Santana Lopes ensinou que nenhuma pessoa importante é notícia por si só. Para ser notícia, uma pessoa importante (ou não) precisa estar envolvida com um facto importante, sendo, definitivamente, facto importante aquele que, de algum modo, mexe com um colectivo e sobre ele pode agir no bom ou no mau sentido. Mourinho é, certamente, uma pessoa importante, mas não o é a sua chegada a um aeroporto. Uma proposta para resolver um problema partidário, ainda que proveniente de um cidadão comum, é, indubitavelmente, mais importante do que a chegada de um contingente de Mourinhos mais ou menos importantes.
Suponhamos, ainda assim, que tudo o que eu disse está errado e que o certo é, exactamente, o contrário disto. Neste cenário, continuo a defender que não se devia ter interrompido uma entrevista (seja qual for a sua classificação e o estatuto do entrevistado) para transmitir um não facto envolvendo uma pessoa por mais importante que ela seja. Em qualquer dos casos, seria previsível que, depois da interrupção, nenhum convidado reataria facilmente o discurso a partir do ponto onde ficou. Santana mandou-os à fava. E não poderia ter agido de outra forma.

PS. Se Santana Lopes não avisar, faço-o eu agora: vejam lá como tratam o próximo facto em que Mourinho está a conceder uma entrevista sobre as razões do seu abandono e Santana Lopes resolve, inopinadamente, fazer uma vaquinha no solário de Paulo Portas. Estou em crer que, se Mourinho for interrompido por esta reportagem no solário, perder-se-á na entrevista, a ponto de não saber mais quanto, verdadeiramente, auferiu com a negociata. E o serviço de informação será, mais uma vez, lesado.

3 comentários:

Anónimo disse...

Talvez ele venha a lucrar com o episódio e apresenar-se finalmente como alternativa aos outros dois candidatos. O homem parece mais maduro que eles...

Anónimo disse...

Sobre o Menezes, o tio Alberto da madeira nada diz. Será que está a consertar ideias?...

Anónimo disse...

tenho certeza de que se vão dar lindamente.
joana 1.2.