29 de setembro de 2007
28 de setembro de 2007
O mais eficiente professor de jornalismo
Santana Lopes ensinou que nenhuma pessoa importante é notícia por si só. Para ser notícia, uma pessoa importante (ou não) precisa estar envolvida com um facto importante, sendo, definitivamente, facto importante aquele que, de algum modo, mexe com um colectivo e sobre ele pode agir no bom ou no mau sentido. Mourinho é, certamente, uma pessoa importante, mas não o é a sua chegada a um aeroporto. Uma proposta para resolver um problema partidário, ainda que proveniente de um cidadão comum, é, indubitavelmente, mais importante do que a chegada de um contingente de Mourinhos mais ou menos importantes.
Suponhamos, ainda assim, que tudo o que eu disse está errado e que o certo é, exactamente, o contrário disto. Neste cenário, continuo a defender que não se devia ter interrompido uma entrevista (seja qual for a sua classificação e o estatuto do entrevistado) para transmitir um não facto envolvendo uma pessoa por mais importante que ela seja. Em qualquer dos casos, seria previsível que, depois da interrupção, nenhum convidado reataria facilmente o discurso a partir do ponto onde ficou. Santana mandou-os à fava. E não poderia ter agido de outra forma.
PS. Se Santana Lopes não avisar, faço-o eu agora: vejam lá como tratam o próximo facto em que Mourinho está a conceder uma entrevista sobre as razões do seu abandono e Santana Lopes resolve, inopinadamente, fazer uma vaquinha no solário de Paulo Portas. Estou em crer que, se Mourinho for interrompido por esta reportagem no solário, perder-se-á na entrevista, a ponto de não saber mais quanto, verdadeiramente, auferiu com a negociata. E o serviço de informação será, mais uma vez, lesado.
Suponhamos, ainda assim, que tudo o que eu disse está errado e que o certo é, exactamente, o contrário disto. Neste cenário, continuo a defender que não se devia ter interrompido uma entrevista (seja qual for a sua classificação e o estatuto do entrevistado) para transmitir um não facto envolvendo uma pessoa por mais importante que ela seja. Em qualquer dos casos, seria previsível que, depois da interrupção, nenhum convidado reataria facilmente o discurso a partir do ponto onde ficou. Santana mandou-os à fava. E não poderia ter agido de outra forma.
PS. Se Santana Lopes não avisar, faço-o eu agora: vejam lá como tratam o próximo facto em que Mourinho está a conceder uma entrevista sobre as razões do seu abandono e Santana Lopes resolve, inopinadamente, fazer uma vaquinha no solário de Paulo Portas. Estou em crer que, se Mourinho for interrompido por esta reportagem no solário, perder-se-á na entrevista, a ponto de não saber mais quanto, verdadeiramente, auferiu com a negociata. E o serviço de informação será, mais uma vez, lesado.
27 de setembro de 2007
A mão esquerda do Mafarrico
Deus deu-nos o sol para alumiar o dia. E veio o diabo e deu-nos as cataratas. Deus deu-nos a lua para vermos de noite, e veio o diabo e trouxe-nos a menstruação. Deus deu-nos a noite para descansar e veio o diabo e inventou o despertador. Deus deu-nos a água para matar a sede e veio o diabo e criou a coca-cola. Deus deu-nos o sexo e o diabo inventou a impotência. Deus deu-nos as mulheres e o diabo fabricou as esposas. Deus pôs no mundo milhares de mulheres lindas para nós escolhermos, mas veio o diabo e deu-nos a nossa. Deus deu-nos o conhecimento e a sabedoria e veio o diabo e criou as escolas. Deus deu-nos professores bondosos, inteligentes e sábios, mas veio o diabo e criou os titulares.
Irredutivelmente enófilo
Envelhecer é uma merda (para os escatológicos). Uma porra (para os mais lúbricos). Para todos, é uma descida vertical, rápida e desprestigiante.
Não há nenhuma dignidade em envelhecer.
O único que envelhece com dignidade é o vinho. Se algum charme me assiste, ainda, neste mergulhar para a decrepitude, é do vinho que me vem. Por osmose gastroentérica.
Não há nenhuma dignidade em envelhecer.
O único que envelhece com dignidade é o vinho. Se algum charme me assiste, ainda, neste mergulhar para a decrepitude, é do vinho que me vem. Por osmose gastroentérica.
23 de setembro de 2007
Welcome, Fall
Encontrei mais de 10 sites e todos te saúdam, melancólico Outono! Mas olha que não tive a certeza de que todos te desejam. És uma estação indecisa. (Os indecisos são malquistos neste mundo de despachos e deliberações on time). Se tiveres que te deixar pender para um dos lados, vê se te decides mais pela estação anterior do que pela próxima… (brrrrr).
Sê bem-vindo. Vens na hora certa, no teu equinócio, como sempre fizeste. Poucos te convidaram, desculpa a franqueza. És a conta do Verão sobre a mesa do Inverno. E há que pagar…
Sê bem-vindo. Vens na hora certa, no teu equinócio, como sempre fizeste. Poucos te convidaram, desculpa a franqueza. És a conta do Verão sobre a mesa do Inverno. E há que pagar…
Imagem descaradamente roubada daqui
15 de setembro de 2007
A Pirâmide Invertida do Dragão
Odete Ferreira, escritora e autora do "Amirgã", comentou este post. Como considero esse comentário uma pequena pérola, resolvi dar-lhe maior visibilidade, trazendo-o praki, para a folha de rosto. Para que se entenda melhor, transcrevo também o post que lho provocou:
Sétimo Dia! Tal como Ele fez, descansei. Contemplei o que fiz e vi que não era bom. E fez-se tarde e manhã…
Tanta presunção, João!
Tantos ares!
Com Ele a comparação
Só se ajusta aos TITULARES!
Esses de letra maior
Que cantam grelhas de cor!
Os outros, os verdadeiros,
São ninguém, são os romeiros.
Sétimo Dia! Tal como Ele fez, descansei. Contemplei o que fiz e vi que não era bom. E fez-se tarde e manhã…
Tanta presunção, João!
Tantos ares!
Com Ele a comparação
Só se ajusta aos TITULARES!
Esses de letra maior
Que cantam grelhas de cor!
Os outros, os verdadeiros,
São ninguém, são os romeiros.
14 de setembro de 2007
Tomas Vasques (Hoje Há Conquilhas…) aflora aqui, de modo simples e certeiro, a causa do “milagre” económico chinês. Gostei de ler e aconselho.
E se o caso Madeleine fosse apenas uma estratégia promocional ao filme Gone Baby Gone de Ben Affleck? É que a realidade tem cada vez mais dificuldade em viver por si só. Ela tem que ser enquadrada por uma objectiva e/ou ficcionada por um realizador para poder existir de um modo mais consistente. Por outro lado, nada como um facto real para promover um filme que o aborda. Como se faz um filme? Como se fabrica um facto? Qual dos dois vem primeiro? Como poderemos nós distingui-los?
11 de setembro de 2007
Prateleira anacrónica
Possuo religiosamente um exemplar de uma edição rara de “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, de Júlio Dinis.
Digitalizei duas folhas que se desprenderam mal lhes toquei: uma delas é o intróito e a outra é a última das 15 ou 20 gravuras legendadas que vão pontuando a acção.
Muito poucos livros me deram tanto prazer como este: uma luta de classes (nada que não se resolva com amor e algumas alianças) depois da guerra civil opõe velhos fidalgos legitimistas a jovens burgueses, proprietários liberais de pequenas herdades tornadas florescentes à custa de muito suor e de algum crédito bancário.
“Os Fidalgos da Casa Mourisca” é, em minha opinião, a mais conseguida incursão pelo formato da literatura silvestre em Portugal.
Em cima, da esquerda para a direita: Gabriella (Baroneza de Souto-Real), D. Luiz, Bertha da Póvoa, Jorge, Maurício, Thomé da Herdade.
Digitalizei duas folhas que se desprenderam mal lhes toquei: uma delas é o intróito e a outra é a última das 15 ou 20 gravuras legendadas que vão pontuando a acção.
Muito poucos livros me deram tanto prazer como este: uma luta de classes (nada que não se resolva com amor e algumas alianças) depois da guerra civil opõe velhos fidalgos legitimistas a jovens burgueses, proprietários liberais de pequenas herdades tornadas florescentes à custa de muito suor e de algum crédito bancário.
“Os Fidalgos da Casa Mourisca” é, em minha opinião, a mais conseguida incursão pelo formato da literatura silvestre em Portugal.
Em cima, da esquerda para a direita: Gabriella (Baroneza de Souto-Real), D. Luiz, Bertha da Póvoa, Jorge, Maurício, Thomé da Herdade.
10 de setembro de 2007
Mensagem de um Radioamador em Reunião de Departamento
Aqui reunião de departamento. Escuto. Primeira reunião de departamento. Feita sob a égide de uma espécie desconhecida de idiotia generalizada e da parvoeira mais decrépita. Pura e ilustríssima perda de tempo...
Enviar urgentemente bom senso, tino e prudência.
Como foi a tua, macanudo? Escuto. Terminado.
Enviar urgentemente bom senso, tino e prudência.
Como foi a tua, macanudo? Escuto. Terminado.
8 de setembro de 2007
Faço o quê?
Noventa por cento dos jovens da minha idade (sessenta anos) com quem me cruzo sofrem de filhodependência. Em noventa por cento das conversas que com eles entabulo há, pelo menos, dez ou vinte referências beatíficas aos filhotes. Estes parecem, de facto, viver num mundo de alegrias e oportunidades: já tiraram os seus cursos com distinção; chegaram ontem de um périplo diplomaticoturístico pelas ilhas do mundo; casaram muito bem; possuem piscinas e jardins a perder de vista. Na área intelectual e cultural são todos o supra-sumo do que de melhor se fabricou até hoje: clarividência, rapidez no raciocínio, lucidez. Para desenfastiar (e tornar a composição mais crível aos meus ouvidos), tentam inventar-lhes um ou dois defeitos (que para mim continuam a ser virtudes encapotadas) mas são traídos pela momice ditosíssima que ostentam. Noventa por cento dos jovens da minha idade (sessenta anos) vivem as suas vidas em absoluta dependência da progénie.
Eu, que só me drogo de pão-de-ló, que não entendo nada de crianças nem de adolescentes nem de jovens adultos, que não imagino o que passa pelas suas cabeças, que, na verdade, já desisti de compreender o que dizem e sentem, acabei por me restringir ao diálogo com os velhos da minha idade, na esperança de, com eles, poder ter uma conversa de jeito, ao fim da tarde, diante de um copo de cerveja.
Mas, nestas condições, eu, que só me drogo de escrita, que só sou dependente das ideias, faço o quê?
Eu, que só me drogo de pão-de-ló, que não entendo nada de crianças nem de adolescentes nem de jovens adultos, que não imagino o que passa pelas suas cabeças, que, na verdade, já desisti de compreender o que dizem e sentem, acabei por me restringir ao diálogo com os velhos da minha idade, na esperança de, com eles, poder ter uma conversa de jeito, ao fim da tarde, diante de um copo de cerveja.
Mas, nestas condições, eu, que só me drogo de escrita, que só sou dependente das ideias, faço o quê?
5 de setembro de 2007
Abandono escolar é questão de sobrevivência?
O abandono escolar em Portugal é, segundo os media oficiais, o mais alto da Europa (cifra-se pelos 40%) e, ainda segundo as mesmas fontes, ocorre em jovens até aos 16 anos que não concluem os seus estudos básicos. Entidades governamentais asseguram, no entanto, que este número não é exacto e que, ao contrário, já se notou uma maior afluência ao estudo (ou, se quisermos, um menor abandono) no ano lectivo transacto. Não sei quem tem razão, nem isso deverá ser, na minha óptica, matéria de discussão. Sabe-se que há abandono escolar e isso parece ser um dado incontestável. Todos os professores contam sempre com uma ou duas baixas nos seus contingentes ao longo do ano lectivo, processo esse que começa logo depois da primeira interrupção. Sobre as causas ninguém precisa fazer estudos profundos e dispendiosos: os alunos vão-se embora porque não gostam da escola. Na verdade ainda são muitos os professores que teimam em obrigá-los a estudar, função que se transformou numa actividade odiosa, incomportável para as suas capacidades cada vez mais limitadas e para os seus estilos de vida, cada vez mais sedutores. Os pais acompanham-nos na compreensão dessa atitude. Também eles já foram alunos demitidos das suas funções e nunca entenderam para que fim serve realmente a escola: a montante dela já se sofrem calores e suores frios, na iminência de ter que a frequentar; durante ela, arrasta-se penosamente uma entediante realidade; a jusante dela, nada parece ter ficado melhor pelo facto de se ter lá passado. Somando a isto tudo a decrépita imagem social que a escola hoje ostenta, vê-se de imediato que ela não é, de facto, o melhor lugar para se passar toda a infância e adolescência.
Há, fora dela, lugares muito mais divertidos e tão ou mais embrutecedores que ela…
Há, fora dela, lugares muito mais divertidos e tão ou mais embrutecedores que ela…
Imagem descaradamente roubada do "Portugal dos Pequeninos" de 16 05 06
4 de setembro de 2007
It's so tiny, Jo...
How it is going Buu?
many men around the world have successfully increased their Penis Size
Ange Kobayakawa
Wazzup joao?
If you dont gain at least 1/2 inch within the first month, send them back for a full refund.
Rocky Fadaifar
How it is going Garnett?
Did you know.. 88% of ladies want a man that is big, they say it’s more fulfilling
Stan Hueper
Yo kok?
my wife has never been happier
Nedim Cowart
Pois bem, admito que, enfim, posso precisar… Mas devo informar à cabeça de que esta incompetência não é inata. Foi, de facto, (se ela realmente existe, do que ainda duvido, apesar de, graças a Deus, não possuir um único termo de comparação) penosa e paulatinamente adquirida, durante o mandato da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues e, de um modo mais generalizado, de todo o elenco governativo do Primeiro-ministro José Sócrates, bem como do rol imenso de "audaciosos" que, entretanto, brotaram como felga em terra mole...
Ange, Rocky, Stan e Nedim! Em vez de me aliciarem com um produto natural, por que não fazem algo para resolver este meu inibidor litígio com o sistema de ensino? Por que não demitem todos os intriguistas, bazófias, traidores, perturbadores, insensatos, burocratas, prepotentes, sabichões, vulgares, egoístas, umbiguistas, lapardas, espertalhões e trapaceiros, que pululam por aí, às golfadas, dentro e fora do sistema educativo? Se fizessem isso, garanto-vos que o meu amigo, agora tão deprimido, retomaria a boa forma e as copiosas medidas que ostentava em tempos mais felizes...
many men around the world have successfully increased their Penis Size
Ange Kobayakawa
Wazzup joao?
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Rocky Fadaifar
How it is going Garnett?
Did you know.. 88% of ladies want a man that is big, they say it’s more fulfilling
Stan Hueper
Yo kok?
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Nedim Cowart
Pois bem, admito que, enfim, posso precisar… Mas devo informar à cabeça de que esta incompetência não é inata. Foi, de facto, (se ela realmente existe, do que ainda duvido, apesar de, graças a Deus, não possuir um único termo de comparação) penosa e paulatinamente adquirida, durante o mandato da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues e, de um modo mais generalizado, de todo o elenco governativo do Primeiro-ministro José Sócrates, bem como do rol imenso de "audaciosos" que, entretanto, brotaram como felga em terra mole...
Ange, Rocky, Stan e Nedim! Em vez de me aliciarem com um produto natural, por que não fazem algo para resolver este meu inibidor litígio com o sistema de ensino? Por que não demitem todos os intriguistas, bazófias, traidores, perturbadores, insensatos, burocratas, prepotentes, sabichões, vulgares, egoístas, umbiguistas, lapardas, espertalhões e trapaceiros, que pululam por aí, às golfadas, dentro e fora do sistema educativo? Se fizessem isso, garanto-vos que o meu amigo, agora tão deprimido, retomaria a boa forma e as copiosas medidas que ostentava em tempos mais felizes...
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