mas estou muito arrependido,
a ponto de achar importante dirigir-me aos jovens (eles), para lhes pedir que evitem cair nesse meu lamentável erro.
Jovem, vive, bolas. Protege-te da sida e da sífilis mas nunca da ousadia. Faz tudo o que te dá prazer, desde que não prejudiques ninguém. Não fiques à espera que uma mulher te peça para se meter na tua cama ou se esparramar no teu sofá. Dificilmente ela o fará. Fá-lo tu, pá. E se ela disser não, fica sabendo que nunca ninguém soube o que isso quer realmente dizer. Nunca partas do princípio que o que uma palavra significa para ti é o mesmo que ela significa para uma mulher. Mulher não usa léxico consuetudinário. Mulher é conotativa, simbólica, alternativa, semiótica, barafundística…
Vai lá agora mesmo e diz-lhe que a amas, mesmo que isso te pareça uma mentira deslavada. Não é. Deves convencê-la disso com linguagem não verbal. E se a desejas é porque a amas. Se, porém, ela exigir casar contigo é porque não te quer, não te ama e deseja castigar-te ferozmente por um crime que não cometeste. Só nestas circunstâncias deverás fugir. Aí, foge, mas foge mesmo, podendo, no entanto, voltar quando ela amadurecer um pouco e a vida já lhe tenha ensinado aquilo que te estou a ensinar agora. Entretanto, não te esqueças de experimentar sempre novas alternativas.
Embrulha-te no seu lençol. Mas nunca te embrulhes em moralismos, psicologismos, preconceitos, religiosidades. Tudo isto escravizará, irremediavelmente, a tua esperançada vida...
(…e murchar-te-á os testículos)
(Imagem daqui)