Há uns anos atrás - desejaria que tivesse sido há muitos, em plena barbárie humana, por exemplo, para poder justificar tão grande boçalidade e inconveniência - um director de turma, querendo ser claro e objectivo sobre o desajustado comportamento de um aluno, informava o encarregado de educação de que o aluno em causa era, de facto, um cancro que precisava de ser extirpado. E informava-o com tanta convicção e, sobretudo, com tanta pontaria, que, soube-se depois, a mãe do referido aluno se debatia, estoicamente, contra um cruel cancro de mama.
Depois de ouvir a inequívoca mensagem do senhor director, o pai do aluno retirou-se abatido e nunca mais foi visto naquela escola.
(Não foi na barbárie humana que esta história aconteceu. Foi em 1988, num mês de Maio mais primaveril e absoluto que este.)
(Imagem tirada daqui)
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