… este relatório ainda pode ser comentado deste modo:
Após a leitura do quadro que Paulo Guinote nos apresenta, resolvi também botar faladura sobre o mesmo tópico, do modo como segue:
Obviamente, estamos a trabalhar demais. Na medida em que os nossos resultados (dizem) são piores do que os resultados dos professores que trabalham menos horas por ano do que nós, isto é, a quase totalidade dos países da OCDE, facilmente podemos inferir que estamos a trabalhar demais e demasiado mal, isto é, que as nossas aulas são todas uma enormíssima bosta (com perdão da palavra aos mais sensíveis). Nem sequer se safam aqueles arrogantes que para aqui há, que acham que dão as melhores aulas da OCDE e mesmo, sem grande favor, do universo. Somos, evidentemente, uma cambada de burros e incompetentes que passamos o tempo a puxar uma carroça cujas rodas estão pregadas ao chão...
E por aí continuaremos, a menos que alguém algum dia resolva atribuir parte das culpas do que somos aos nossos alunos incompetentes, mimadíssimos e astronomicamente mal formados. São estes alunos incompetentes e mal formados que praticamente não existem, por exemplo, na Dinamarca, onde os professores trabalham metade de nós (364 horas anuais de serviço lectivo, contra as nossas 752), obtendo resultados bem mais atraentes. Mas, é claro, professor Dinamarquês deve ser o supra-sumo da competência educacional...
Acho que lá virá um dia em que a cambada que nos governou, governa e governará porá os pontos nos ii, reconheça o verdadeiro mérito que todos nós temos e peça desculpa aos professores por tê-los transformado numa classe de pedintes e lhes ter roubado toda a dignidade, transformando-os numa massa inerte e acrítica, cheia de medos e de paranóias. Mas isto não acontecerá no meu tempo. Nem mesmo no vosso tempo, caros jovens. Descansai. (Sentados).
Post 871 (Imagem daqui)
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