Estamos parados. Os professores aproveitaram esta pausa na demência colectiva para trabalhar para os alunos: elaboram testes e fichas formativas, corrigem e avaliam instrumentos, retomam actividades de preparação de aulas, reúnem para coordenação de trabalho lectivo, repensam estratégias e promovem atitudes pedagógicas para combater a indisciplina generalizada nas escolas. Trata-se de um intervalo curto, é certo, na demência institucional. Mas mostra que tudo pode voltar a acontecer, se se suspender o tortuoso abrolho da avaliação.
Perguntarão: qual avaliação, João? A da ministra? A dos sindicatos? A dos restantes teóricos da Educação? A chilena? A americana? A de leste? A do norte? Que me desculpem os mais puros e radicais defensores dessa tonta deformidade, mas respondo-lhes como segue: não é esta ou aquela. É toda a avaliação que, de um modo ou de outro, retire aos professores a concentração no seu trabalho e o desejo de fazerem o melhor que sabem e podem, a bem dos alunos, da sua educação integral e de uma formação técnica, científica e humanística de excelência.
Querem avaliar os professores? Façam-no, ora essa, mas de modo a não os perturbar. De preferência que eles não dêem por isso…
(Imagem daqui)
1 comentário:
Esta é verdade absoluta.
Deixem os professores fazer aquilo que sabem bem e para o qual foram preparados.
João sempre clarividente, espero que não seja uma atitude quixotesca.
Abraço
Enviar um comentário