Quando chegarmos ao fim do corrente ano, teremos a certeza total da nossa evidente indestrutibilidade - teremos subsistido à crise económico-financeira. Se não nos ocorrer uma camoeca de facto definitiva (como, por exemplo, a morte), teremos sobrevivido a um ataque que supúnhamos não deixar pedra sobre pedra. Mas sobreviveremos, vocês vão ver. Existem indícios e provas nada despiciendas da nossa invencibilidade. Vocês lembram-se do fascismo? E da democracia parlamentar? Ora bem, até agora, sobrevivemos a ambos. E do disco-sound? Quem imaginaria que poderíamos sair ilesos dele? E da música do João Pedro Pais? E das arengas de Sócrates? E do apanhar de cabelo de Pedro Passos Coelho? E da casa dos segredos? E…? E…? …
Não, nada mais nos pode molestar. Nem mesmo esses gerontófilos, comedores de velhinhos e das suas pelintríssimas reformas, nem os mercados, nem os mercadores e mercantilistas acéfalos que compram, vendem, alugam, trocam e revendem a força de trabalho, lavam dinheiro e se embebedam da infelicidade alheia.
Todos eles sucumbirão, eles e as suas bonifrateiras teorias económicas, o seu medonho servilismo à pata capitalista que tudo arrasa… Eles sucumbirão e nós permaneceremos imutáveis, embora aturdidos, como bois na arena depois de rabejados.
(Quem sabe, alguém desembola de vez os nossos cornos…)
Post 811 (Imagem daqui)
1 comentário:
Pois. Só para os lixarmos!
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