29 de agosto de 2011

A verdira (ou ficar-me pelas pedrinhas)

areia-de-praia--pedra-e-conxa-3ef2d(coisas de velhos que tiveram preguiça de ter fé…)

Ontem na praia, olhei para o mar e voltei a olhar. E não entendi.

Decididamente não entendo o mar. Nem Deus. Nem nenhuma das coisas grandes. Não entendo a Verdade.

Olho para o mar e vejo que me suplanta, me excede, me esmaga.

Mas ele atirou para os meus pés descalços uma orla de pedras miúdas, polidas, de cores fáceis, de metafísica módica. Conto-as, dedilho-as, admiro-as, amo-as, entendo-as. Do grande mar-deus-verdade nada sei. Mas sei dos pequenos seixos com que me atapetaram a orla das ondas, com que me reposicionam a aprendizagem das coisas simples. A verdade é longa demais para o meu sentido tão curto, como a mentira é curta demais para o meu desejo tão longo…

Fica-me a verdira, o meio caminho entre uma e outra. Aí, nessa orla de mornas e acessíveis aquisições gnoseológicas, poderei viver aceitavelmente esclarecido.

Ontem na praia, as pedras coloridas que o mar me deu…

    Post 773      (Imagem daqui)

28 de agosto de 2011

não percebo, “prontos”…

dinheiro-voandoNeste momento, no mundo inteiro, somos 7 000 000 000 de humanos. Neste mesmo momento, no mundo inteiro, existe o equivalente a 350 000 000 000 000 dólars em papel-moeda. Nesta ordem de ideias, eu devia ter no banco o equivalente a 50 000 dólares. Muito bem. Então, porque é que eu tinha o saldo a descoberto ontem, quando a EDP tentou sacar da minha conta poupança, por débito directo, os 198 euros de electricidade que consumi nos últimos dois meses?!!

  Post 772     (Imagem daqui)

25 de agosto de 2011

O sono e o Trala…

relogio4Meus amigos, as tão sonhadas, ambicionadas e idolatradas férias esvaíram-se. Mal comparando, é como se, de certa forma, a vida também se esvaecesse um pouco, empurrando-nos para esta outonal letargia psicossomática.

Acreditem se quiserem, mas não há nada que mais atente contra a saúde e a longevidade humanas do que este facto, sempre tristemente repetido, de vermos fugir o verão e a vida boa.

Alguns, mais bem aparentados com os deuses, vão atrás dele e conseguem repetir as férias em outro hemisfério, praticamente sem interregno. Esses que perseguem o sol e dominam este nosso (des)humano condicionalismo vivem muito mais tempo, simplesmente porque dormem muito menos e riem muito mais...

Com sono ou sem ele, o Tralapraki está de volta. Não faço ideia que novas motivações ele nos trará. Porém, como a fasquia das minhas expectativas em relação ao futuro está literalmente pousada no chão, o futuro e o Trala não poderão ser senão brilhantes.

(Brilhantemente deprimentes?)

   Post 771     Imagem do blog

6 de agosto de 2011

Façamos aqui um curto intervalo…

sombra

…para ir molhar os calções. Voltaremos antes das vossas saudades… :)

      Post 770       (Imagem daqui)