30 de novembro de 2009

Valerá a pena recomeçar?

vida Olá a todos.

Para ser sincero, manter um blog cada vez me parece mais escrever um livro, deixar no mundo um filho que nos perpetue, enfim, contribuir com um arrogante ainda estou aqui, arrogante e provincianíssimo, é claro. A doença e a morte não prestam para nada. O blog sim. Por isso, acho que posso e devo regressar a ele…

Também a vida me parece cada vez mais feita destas pequenas inconsequências. Ligeirezas de alma, limitações do espírito regressam a uma certa mediocridade falante. E arrogante de novo, na sua mundanidade tão querida…

Apetece-lhes regressar e ser de novo voz.

A doença não levará a melhor. Não pode. Não tem a minha autorização. Quero de novo viver, beber um copo debaixo da tília. Deus, como tudo está tão diferente! Mais belo, mais inteligível, mais simples. Como dizer olá, meu, hoje é hoje, e hoje é que é o dia mais belo das nossas vidas. Amanhã não existe em nenhuma cabeça moderadamente módica…

Um abraço a todos.

(Imagem daqui)

3 comentários:

effetus disse...

Sim, mil vezes sim!
A vida está aqui!
A doença não vence!
E se a solidariedade ainda quer dizer alguma coisa, tens a minha toda!
Um abração, feliz por te ver regressado, amigão!

Anónimo disse...

Eh, João, como tenho sentido a tua falta! Finalmente reencontro-te neste espaço tão global e tão íntimo. Mesmo que as tílias se escondam, há sempre ligar para um copo com os meus amigos. Mesmo que seja nesta nossa casa!
Fico à espera de ti, da tua música, do teu humor mordaz, da tua amizade, da tua palavra inteligente.
Abração sempre.
OF

joao de miranda m. disse...

Tony e Odete
Foi deveras consolador ver-vos por aqui, amigos. Tenho estado em falta convosco e com as vossas imprescindíveis e tantalizantes presenças na blogosfera. De facto, fiquei desmotivado por muito tempo (ainda estou, na verdade), e deixei de vos ler a ambos. Prometo visitar-vos mais regularmente a partir de agora. Como diz o Tony: "a doença não pode vencer".
Grande abraço para ambos, ao Tony, pela sua presença certeira, referencial do equilíbrio e do bom senso, e à Odete pela sua palavra audaz, feita toda arte dos sentidos.