Para ser sincero, manter um blog cada vez me parece mais escrever um livro, deixar no mundo um filho que nos perpetue, enfim, contribuir com um arrogante ainda estou aqui, arrogante e provincianíssimo, é claro. A doença e a morte não prestam para nada. O blog sim. Por isso, acho que posso e devo regressar a ele…
Também a vida me parece cada vez mais feita destas pequenas inconsequências. Ligeirezas de alma, limitações do espírito regressam a uma certa mediocridade falante. E arrogante de novo, na sua mundanidade tão querida…
Apetece-lhes regressar e ser de novo voz.
A doença não levará a melhor. Não pode. Não tem a minha autorização. Quero de novo viver, beber um copo debaixo da tília. Deus, como tudo está tão diferente! Mais belo, mais inteligível, mais simples. Como dizer olá, meu, hoje é hoje, e hoje é que é o dia mais belo das nossas vidas. Amanhã não existe em nenhuma cabeça moderadamente módica…
Um abraço a todos.
(Imagem daqui)