
O “abnoxio” é o último achado. Sinalizo-o a propósito deste texto sobre excursões de estudantes (e, acrescento eu, muitas das mais pacatas visitas de estudo).

Faz agora três anos, numa pequena cidade do interior, o meu ranhosíssimo utilitário foi assaltado. Rebentaram-no quase todo para extrair um rádio topo de miséria. Fiz queixa na GNR local e esqueci o incidente.
Não se pode, definitivamente, subestimar a blogosfera.
parece que as escolas estão a ser avaliadas para depois serem escalonadas e posicionadas umas à frente outras atrás e outras obrigatoriamente no meio.
"DOT.COM, uma deliciosa comédia de Luís Galvão Teles. A história de Águas Altas, uma pequena aldeia no interior de Portugal que subitamente se torna num caso nacional quando uma multinacional espanhola pressiona os aldeões para fechar o site da aldeia, precisamente o mesmo nome de uma marca de águas que os espanhóis querem lançar no mercado. A partir daí gera-se uma grande divisão na aldeia: há quem queira manter o site para garantir a soberania nacional, mas há também quem queira tirar partido de uma possível compensação financeira. Num abrir e fechar de olhos, a imprensa instala-se em Águas Altas para cobrir este caso que apaixonará Portugal."
Quero sair do ensino. Não sirvo mais para isto.
Rui Cerdeira Branco escreve hoje no Adufe um artigo tão invulgar como perturbador. Trata-se de mais uma visão do Big Brother que as nossas sociedades actuais instauram sistematicamente, como recurso para tentar sobreviver a todos os terrorismos. E são muitos: há os que se escondem nas montanhas da Pérsia, das Arábias ou das Espanhas, e há os que se escondem nas cabeças bem pensantes dos governantes do mundo. Há os grandes terrorismos civilizacionais e os pequenos terrorismos que governos caseiros impõem, quotidianamente, aos seus súbditos, em nome de um terrorismo tão vasto que dificilmente pode ser visto.
Para além de mulheres e de fruta fresca, as duas coisas seguintes que mais amo na vida são a bica e a sesta. Porém, se, teoricamente, (e só teoricamente, como se explicará mais adiante) posso desfrutar, em simultâneo, das duas primeiras, as duas últimas manifestam-se incompatíveis no meu organismo: a bica anula qualquer hipótese de sesta (ainda que os nossos actuais patrões ma permitissem), e a sesta obriga-me a ter de passar sem bica.
Em 1976 e anos seguintes, foram colocados no sistema de ensino professores sem habilitação própria para a docência. Tinham o que se chamava então "habilitação suficiente". O estado, nesse tempo, resolvera democratizar e massificar o ensino. Esses professores permaneceram no sistema porque eram úteis. Muitos deles, apesar de não terem concluído os seus cursos ( e devo aqui acrescentar que o não fizeram porque, de facto, se entregaram ao ensino de alma e coração) mostraram ser responsáveis e sérios, e a enorme maioria deles criou um rasto de competência ao longo do seu magistério de trinta anos. Até que um dia, o que era suficiente deixou de o ser e o mesmo estado, servido agora por outras pessoas e por outras sensibilidades, resolveu expulsá-los, por imprestáveis.
Enfim...tendências, opções, o barómetro dos tempos.